Em 2019 a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Turismo - SMTur, deu início ao processo de formulação do novo Plano de Turismo Municipal – PLATUM. O Plano é o principal instrumento para a formulação da Política Municipal de Turismo da cidade de São Paulo e sua revisão é uma exigência da Lei nº 11.198/92.
O PLATUM deve contemplar todas as iniciativas ligadas à indústria do turismo, originárias tanto do mercado como do setor público e da sociedade civil organizada, promovendo a coordenação de esforços para o desenvolvimento social, econômico e cultural do Município. Com esse espírito a SMTur apresenta para consulta pública o presente Caderno de Propostas para o Turismo em São Paulo.
O documento tomou por base um diagnóstico prévio (com levantamentos de dados gerais da cidade, oferta e demanda turística) e o levantamento de propostas com representantes da sociedade civil, mercado e setor público. O resultado desse debate está consolidado em 6 Macroprogramas, que reúnem as iniciativas para a transformação do cenário atual do turismo em São Paulo.
O Caderno de Propostas validado será o documento norteador da 1ª Conferência de Políticas de Turismo da Cidade de São Paulo, a ser realizada em 16 e 17 de agosto de 2019.
Em agosto 2018 a Prefeitura de São Paulo passou a conter em seu organograma uma estrutura organizacional inédita para cuidar da Política Municipal de Turismo: a Secretaria Municipal de Turismo - SMTUR.
Criada pela Lei nº. 16.974 de 2018 e regulamentada pelo Decreto nº 58.381 de 2018, a SMTUR surge com a “finalidade de formular e executar a política, a promoção e exploração do turismo e atividades afins no Município, executar e promover o apoio ou patrocínio a projetos ou eventos de interesse social, turístico, cultural, religioso e outros similares, bem como realizar eventos e executar atividades compatíveis e correlatas com a sua área de atuação” (art. 2º do referido Decreto).
Com a criação da Secretaria Municipal de Turismo, que incorpora responsabilidades antes atribuídas à SPTuris e recebe novas responsabilidades colocadas por novos desafios, a expectativa de organizações da sociedade civil, mercado e setor público é que a Política Municipal de Turismo possa enfim ser consolidada como uma relevante política pública na cidade de São Paulo.
E para honrar com tais expectativas a Secretaria deu início ao processo de revisão do último PLATUM (2015-2018) para formulação do novo PLATUM (2019-2021) junto a representantes da sociedade civil, mercado e setor público.
No entanto, ao envolver mais atores fora do gabinete da Secretaria para pensar neste processo de revisão e formulação, percebeu-se que ele deveria ser mais amplo, participativo, e com produtos mais segmentados. Afinal, notou-se que não adiantaria formular um Plano de Política de Turismo sem a aderência de atores relevantes da sociedade civil, mercado e setor público. E, principalmente, sem o reconhecimento do turismo pelos munícipes de São Paulo como política pública indutora de desenvolvimento econômico, social, humano e sustentável.
Neste sentido, além das reuniões que o gabinete da SMTUR realizou junto a representantes dos três setores, e da retomada das reuniões do Conselho Municipal de Turismo - COMTUR, A Secretaria optou por processo particiaptivo de formulação da Política Municipal de Turismo. Assim, do planejamento à entrega do PLATUM, foram previstas cinco etapas:
As deliberações da Conferência serão sistematizadas e apresentadas no Plano Municipal de Turismo, segmentado em ao menos dois produtos: PLATUM (2019-2021) com metas, estratégias e ações a serem implementadas em médio prazo, articuladas com o PPA; e o Plano Estratégico 2020-2030 com metas e estratégias a serem implementadas no horizonte de dez anos. Além destes, a Secretaria Municipal de Turismo poderá produzir outros documentos de planejamento, todos em decorrência desse amplo processo participativo e tendo o PLATUM como fio condutor.
Além da proposta, os referidos documentos apresentarão também um diagnóstico atualizado com dados selecionados de acordo com o escopo das metas e estratégias selecionadas para serem objeto da Política no horizonte dos próximos anos.
Convidamos a todos ao debate democrático de ideias e à elaboração e priorização de propostas que contribuam para o incremento e aprimoramento do Turismo na Cidade de São Paulo.
O Turismo é uma das principais atividades econômicas do mundo e apresenta crescimento tanto no mercado mundial quando na cidade de São Paulo.
Só em 2018, segundo o World Travel & Tourism Council - WTTC, a atividade teve um crescimento global de 3,9%, gerando um a cada dez empregos, além de ter injetado US$8,8 trilhões na economia, representando 10,4% do PIB mundial (considerando o impacto direto, indireto e induzido). No Brasil, apesar de um desenvolvimento um pouco menos acelerado, impactado por fatores políticos e econômicos, segundo o WTTC, em 2018, o turismo impactou 3% do PIB nacional em termos diretos e 8% em termos indiretos, gerando 2,7% dos empregos do país; o PIB turístico nacional cresceu 3,1% e a atividade contribuiu com US$152,5 bilhões para a economia em 2018, segundo estudo feito pela Oxford Economics – empresa de consultoria econômica britânica – e WTTC.
No contexto nacional, São Paulo é o maior destino turístico. Em 2018, segundo projeções da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE a cidade recebeu cerca de 15,7 milhões de turistas, dos quais, 82% corresponderam à demanda nacional e 18% internacional, o que gerou uma receita estimadas em quase R$ 13 bilhões. Considerando só o Imposto Sobre Serviço (ISS), a cidade arrecadou mais de R$ 329 milhões em 2018 no grupo 13, que concentra as atividades ligadas ao turismo como hotéis e agencias. Na cidade estão algumas das maiores corporações globais. O poder econômico, associado a uma melhor infraestrutura de apoio e infinidade de prestadores de serviço inseridos no maior mercado consumidor do país definem a vocação do turismo na cidade: negócios. A parcela dos visitantes nacionais e internacionais movidos por esta vocação é de 47% do total.
Apesar de sua grande força econômica, o turismo tem uma grande relevância também considerando aspectos como desenvolvimento social, cultural e sustentável dos destinos.
A multiculturalidade e influência de diferentes povos, etnias, religiões fazem de São Paulo uma cidade única, diversa e rica em cultura. A grande oferta de equipamentos culturais, bem como a realização de grandes shows, eventos e exposições também são grandes motivadores do turismo na cidade de São Paulo e estão disponíveis não só para os visitantes, mas também para toda a população. Desde pequenos encontros que atraem um grande público devido a gama e variedade de acontecimentos, até grandes congressos e feiras. Há ainda os megaeventos que projetam São Paulo para o mundo e atraem milhares de turistas: Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, São Paulo Fashion Week, Carnaval, Parada LGBT, eventos esportivos, musicais e outros. Aos poucos, e levando em conta toda sua bagagem cultural – desde o pioneirismo na difusão de novas manifestações artísticas, como a Semana de Arte Moderna de 1932 e tantas outras – o turismo passou a se apropriar também da cultura, do lazer e do entretenimento que a cidade oferece, razão pela qual o lazer vem evoluindo como motivador de viagens na capital paulista.
Em âmbito sustentável, o desenvolvimento de projetos como o Polo de Ecoturismo de São Paulo, além de contribuir para o desenvolvimento das comunidades do extremo sul, bem como a agroecologia local, proporcionam contato com diferentes culturas e incentivam a preservação do meio ambiente e geração de emprego em renda em regiões menos desenvolvidas da cidade.
E há também outros fatores que estimulam a vinda de visitantes para a cidade: a gastronomia – que a cada ano ganha novas estrelas, a vida noturna – internacionalmente reconhecida, a saúde – estética e para tratamento de doenças, e as compras – do popular ao luxo.
Para a elaboração do Plano Municipal de Turismo, uma das etapas da foi a realização de workshops com a participação do mercado, academia, sociedade civil e governo, ocasiões em que foi questionado aos participantes quais são os destaques do turismo da cidade, ou seja, aquilo que deve ser promovido, o que faz de São Paulo um local para se visitar; e os desafios a serem enfrentados pelo setor, para que a cidade realmente se consolide como um destino de referência internacional.
As contribuições foram agrupadas em temas semelhantes e estão detalhadas a seguir, com o conteúdo levantado na etapa de elaboração de diagnóstico do plano.
São Paulo já é o principal destino turístico do país, por isso, entender o que motiva esses visitantes e quais são os principais destaques da cidade que devem ser fortalecidos e divulgados é fundamental para definição de uma política de turismo. Nos workshops, foram identificados dezenas de destaques, agrupados em oito grupos detalhados a seguir:
Economia
A cidade cosmopolita que possui o maior mercado consumidor do país também destaca-se no setor econômico. Grandes empresas possuem sua matriz em São Paulo; proliferam-se as startups em todos os setores; há diversos exemplos de empreendimentos com economia criativa; a tecnologia é vista como forte aliada no desenvolvimento de todo e qualquer projeto e a conectividade torna possível o avanço rumo ao futuro
Infraestrutura São Paulo conta com a maior infraestrutura aeroportuária e rodoviária do país, de extrema qualidade, garantindo facilidade no acesso. Dos quatro aeroportos que atendem à capital, dois deles ficam fora do perímetro do município (Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos e Aeroporto Internacional de Viracopos-Campinas. Juntos, os aeroportos que atuam com voos comerciais movimentaram 622.252 aeronaves e receberam 72.773.231 passageiros, em 2018; já o Campo de Marte, que opera aviação geral, teve 72.379 pousos e decolagens. Já nos três terminais rodoviários da cidade (Barra Funda, Jabaquara e Tietê), 15.784.595 pessoas viajaram de ônibus por São Paulo, explorando 1.619 destinos nacionais e 6 internacionais. O movimento de quase 650 mil ônibus em 2018, nas 153 plataformas dos terminais não é distribuído uniformemente, sendo que em períodos de feriado aumenta consideravelmente, para atender a demanda. Conta também com sistema de transporte público eficiente garantindo fácil circulação dentro da cidade.
A infraestrutura para eventos também impressiona. A cidade conta com diversos espaços que recebem dezenas de feiras, congressos, workshops e exposições. Dentre eles, há os grandes centros de exposições, cujos pavilhões, juntos, representam 278 mil m² de área locável e espaços menores, atendendo a todo tipo de demanda.
A acessibilidade no turismo também é um destaque da cidade. Em 2016, o Governo Federal listou São Paulo entre cinco destinos turísticos acessíveis brasileiros, com mais de 300 atrativos totalmente acessíveis. A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência - SMPED, que, entre outros objetivos, promove a participação da Pessoa com Deficiência - PcD na sociedade, disponibiliza o Mapa da Rede de Serviços da Pessoa com Deficiência, no qual é possível localizar os equipamentos públicos acessíveis e que prestam atendimento a esse público. Nesta lista, foram identificados dos 125 estabelecimentos culturais ou turísticos com algum tipo de acessibilidade.
Serviços São Paulo possui a maior oferta hoteleira da América Latina, com mais de 400 hotéis. Além de expressiva, a oferta é democrática e diferenciada. Há riqueza e variedade nas opções, seja de hotel, hostel ou hospedagem por aluguel. Além do setor de motéis, com estabelecimentos que se posicionam como opção alternativa de hospedagem. Ainda que, cada vez mais, a hospedagem por meio de aplicativos de aluguel por temporada sejam uma opção ao turista, a taxa de ocupação hoteleira em 2018 teve um bom desempenho, ocupando a terceira melhor posição desde o início da série histórica em 2005, inferior apenas aos anos de 2010 e 2012, que alcançaram taxas de 68,32% e 69,29% respectivamente.
Além da oferta de serviços básicos, a atividade turística conta com uma estrutura de apoio, que atua como facilitadora e contribui para o desenvolvimento do setor. São agências de receptivo, guias de turismo, locadoras de veículos e transportadoras turísticas, além de Centrais de Informação Turística, que acabam se tornando ferramentas para a melhoria da experiência do turista no destino.
Há excelência no padrão de prestação dos serviços, ampla capacidade de entrega de grandes volumes demandados nos eventos e variedade de opções. É uma cidade extremamente hospitaleira.
Oferta variada Os números do turismo são bastante significativos. Para suportar a demanda, a oferta de equipamentos e serviços turísticos de São Paulo colocada à disposição do consumidor é ampla e diferenciada.
A oferta de atrações de lazer e entretenimento é única. São diversos museus, centros culturais, galerias de arte, estádios, cinemas, teatros, mirantes, áreas verdes, parques de diversão, espaços para esportes e vários outros atrativos, além de toda uma gama de opções no setor de entretenimento.
Considerando essa oferta variada, há muitos segmentos de turismo que motivam a vinda à cidade: negócios, eventos, lazer, cultura, compras, saúde, pedagógico, rural, ecoturismo, LGBT, gastronomia. São opções para todo tipo de público e interesse.
Mas a qualidade talvez seja o grande diferencial de São Paulo em relação a outros destinos nacionais. Mais do que números, a oferta da cidade possui muitos destaques, seja por espaços premiados, seja por características únicas, que os diferenciam dos demais.
Diversidade Talvez uma das características que mais identifique a capital seja a diversidade de sua gente. O fato de São Paulo abraçar povos de culturas e hábitos tão distintos faz com que adquira ares de cidade global, pluralista, que aceita o novo, o diverso e o inesperado. A diversidade de seu povo também confere aos espaços atributos multifacetados, que ao mesmo tempo os tornam únicos e atrativos.
Eventos É a principal cidade brasileira no setor. Segundo a International Congress and Convention Association – ICCA, a capital ocupa o primeiro lugar no Brasil e terceiro na América Latina em número de eventos realizados. Para sustentar esse mercado, diversos espaços são disponibilizados para o setor, de todos os tamanhos e para todos os tipos de públicos. Não bastassem os ambientes especializados, feiras e festivais de rua se espalham pela cidade, sem contar as corridas urbanas e os megaeventos, que dão visibilidade e reconhecimento merecido à metrópole.
Compras São Paulo concentra turistas de todos os Estados em busca dos mais diversos produtos; seja para seu consumo próprio ou para revenda, consumidores lotam as lojas e ruas de comércio especializado para satisfazer suas necessidades e desejos.
Há todo tipo de mercado, do popular de rua, com destaque para a região da Rua 25 de Março, maior centro de comércio popular da América Latina, por onde circulam cerca de 400 mil pessoas em dias úteis e mais de um milhão e duzentas mil pessoas em épocas próximas às datas especiais, ao de luxo das lojas de grife da Oscar Freire, eleita a oitava mais luxuosa do mundo5, ou dos shoppings.
Gastronomia A rica e variada gastronomia é um dos grandes destaques de São Paulo. Em 2018, por exemplo, a cidade recebeu o título de Capital Ibero-Americana de Cultura Gastronômica, pela Academia Iberoamericana de Gastronomia, e de Capital da Gastronomia pelo Salon Internacional de la Restauration, de l’hôtellerie et de l’ Alimentation – Sirha e é famosa não só pela diversidade de estabelecimentos, tipos e nacionalidades de cozinha, mas também pela alta qualidade dos pratos e dos serviços oferecidos.
Intimamente ligada a seu povo, a gastronomia de São Paulo reflete a diversidade tão característica que a define. Desde tipos de culinária até referências internacionais e regionais; de restaurantes superluxuosos, renomados e estrelados a botecos de rua com petiscos tradicionais e bebidas geladas; de festivais gastronômicos a redutos de food trucks, sempre há o que comer e comer bem na capital, a qualquer hora do dia ou da noite. A seguir são apresentados alguns destaques premiados da gastronomia paulistana.
Se por um lado, toda essa variedade faz de São Paulo uma cidade surpreendente e rica em boas experiências, por outro, há desafios a superar.
Apesar dos destaques e de todo potencial atrelado a eles, para os participantes dos workshops ainda há uma série de desafios para o aprimoramento do turismo na cidade de São Paulo, a fim de alcançarmos os níveis de excelência almejados.
Muitas vezes esses desafios têm caráter estrutural e dificilmente são solucionados a partir de ações advindas exclusivamente do setor do turismo, seja da gestão pública ou privada. Tampouco se restringem à atuação do poder executivo e da esfera municipal, pois requer esforços de alteração legislativa ou atuação do governo estadual, por exemplo. Por outro lado, desafios institucionais podem ser resolvidos, ou ao menos minimizados, com articulação das ações e serviços entre o poder público e privado. Por fim, os desafios setoriais são aqueles que atravancam o desenvolvimento de atividades ou setores específicos, e que requerem intervenção.
Para os participantes, a segurança pública em São Paulo, especialmente em algumas regiões, é insuficiente. Quando pensamos em um ambiente seguro, é preciso considerar diversos fatores. Cuidar de uma cidade tão grande como São Paulo também requer forte empenho no setor de zeladoria: limpeza, iluminação pública, calçamento e todos os itens necessários para o bem-estar tanto do morador, quanto do visitante no espaço público, precisam de atenção especial, principalmente na região central. A despoluição dos rios para a utilização turística também é uma antiga reivindicação da área.
O crescimento da capital desafia novos pensamentos sobre a mobilidade, os acessos e transporte público. Há muito trânsito, principalmente em horários de pico, prejudicando a experiência turística nesses períodos. Há de se melhorar a acessibilidade de um modo geral, os acessos aos atrativos e aos centros de exposições, assim como repensar as restrições para circulação de ônibus de turismo e os locais para embarque e desembarque. O transporte público não dispõe de muita informação para o turista, tampouco atendimento em outros idiomas e algum cartão diferenciado para a circulação e visitação aos atrativos. O sistema cicloviário também necessita de atenção, manutenção e ampliação para tornar-se não só uma alternativa para o morador, mas também ao turista, como opção para explorar a cidade.
No campo da tecnologia, há ainda que avançar. Há poucos locais com conectividade por Wi-FI pelas ruas da cidade, exceto em estabelecimentos comerciais, assim como espaços para o carregamento de equipamentos eletrônicos; as operadoras de celular dificultam o registro dos chips por estrangeiros; e há dificuldade na compra de ingressos online para os atrativos e programação cultural, inclusive pela indisponibilidade de outro idioma.
As questões sociais estão sempre em foco em uma cidade como São Paulo. O espaço público, que também serve de ocupação para moradores de rua, na visão dos participantes dos workshops, deixa de ser parte da paisagem turística para ser visto como espaço degradado. Essa população necessita de intenso trabalho da assistência social. A região central, cheia de vida em horário comercial, sofre com o esvaziamento à noite e aos fins de semana, uma vez que boa parte dos edifícios não está ocupada por moradias, mas por escritórios e comércio; é preciso repensar as questões de uso do espaço, revitalizando-o, requalificando-o, sempre com cuidado e atenção para a população.
Ao mesmo tempo em que se repensa nas questões do espaço, é preciso integrá-lo às questões turísticas, qualificando e capacitando quem lida com o visitante, seja para o bem atender, seja no atendimento à pessoa com deficiência, seja na capacitação em outros idiomas, dos quais o inglês se faz necessário e imprescindível quando se pensa numa cidade receptiva ao turista.
No campo institucional, talvez o principal problema seja a falta de compreensão sobre a importância do turismo para a cidade. Como atividade que permeia vários setores, é fundamental a comunicação, planejamento e ações integradas entre as diversas pastas do setor e o mercado, assim como políticas públicas de curto, médio e longo prazos, que transcendam gestões em favor do desenvolvimento duradouro, e que contribuam não só para a atividade, como para a vinda do turista que consome a cidade de forma sustentável e vive a localidade como o morador. A falta de entendimento de São Paulo como cidade turística também afeta os agentes públicos no trato com o visitante, e questões burocráticas e administrativas dificultam e atrasam o desenvolvimento da atividade turística e a integração necessária. E quando falamos na questão institucional é preciso levar em consideração a governança como um todo, incluindo o papel do mercado, da sociedade civil e do governo.
Um destino turístico desenvolvido utiliza-se de indicadores atualizados e confiáveis para o planejamento da área. Embora a São Paulo Turismo possua um Observatório do Turismo de reconhecimento internacional, faltam muitos dados e indicadores para uma análise completa das questões que afetam o setor. É preciso ampliar e aprofundar as pesquisas na área, buscar inventariar de forma mais consistente as atividades correlatas e elaborar mecanismos que sistematizem e viabilizem as medições necessárias ao planejamento turístico municipal.
Há por fim os desafios setoriais, separados aqui em dois grandes ramos: turismo e eventos. Os dois possuem características similares e complementares, e necessitam de atenção a questões específicas.
Para o setor de eventos, se comparado com outros destinos de destaque internacionais, nota-se uma carência de espaços para a realização de grandes eventos. O mercado ainda sofre com a burocracia e alto custo para a realização nos vários setores; há falta de incentivo para a captação de novos eventos e a lei Cidade Limpa por vezes pode dificultar a divulgação dos eventos culturais e feiras. Há falta de uma inteligência para o calendário da cidade, por vezes ocasionando a sobreposição de grandes eventos, que poderiam ser trabalhados em conjunto e não de forma concorrente.
Para o turismo propriamente dito, além do já citado, algumas questões pontuais devem ser consideradas. Algumas requerem um pensamento e trabalho em conjunto, outras de esforços individualizados, não sem antes alguma discussão sobre sua legitimidade.
As culturas indígena e rural da cidade poderia ser forte atrativo, mas há pouca estruturação para isso; faltam projetos de interpretação ambiental que permitam ao visitante sua conexão com o ambiente, bem como produtos criativos oferecidos por receptivos locais que permitam ao visitante novas experimentações da cidade.
De um modo geral, pouco se usa da tecnologia da informação em benefício do setor, assim como há poucas centrais de informação turísticas pela cidade, e as que existem não se utilizam de ferramentas tecnológicas para a divulgação da oferta disponível ou que facilitem a vida do visitante. O setor não sabe trabalhar com a sazonalidade e inflaciona os produtos e serviços em função da demanda, provando uma certa imaturidade e pouca integração para as questões turísticas.
Alguns eventos, como a Virada Cultural, não são preparados nem divulgados como um produto turístico, ainda que receba visitantes de fora da cidade. O turismo acontece de forma centralizada e, apesar de existirem atrações nas regiões periféricas, estas são mal divulgadas. O Polo de Ecoturismo, apesar de ser contemplado com um plano de desenvolvimento exclusivo (Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Polo de Ecoturismo de São Paulo/201711), precisa ser de fato implementado.
Apesar da obrigatoriedade do cadastramento de alguns estabelecimentos turísticos e profissionais da área no Cadastur, o que se vê ainda é uma falta de comprometimento nesse sentido, haja vista que poucos empreendimentos/profissionais estão cadastrados. Embora o Carnaval de rua esteja crescendo cada vez mais na cidade, é preciso repensá-lo de forma a não prejudicar os estabelecimentos comerciais nos dias desses eventos.
São Paulo é um dos principais destinos turísticos do país, mas não se divulga como tal: a comunicação e informação em outros idiomas são ineficientes, faltam campanhas para a divulgação do destino, sejam nacionais ou internacionais e falta participação nas principais feiras e eventos turísticos, principalmente no exterior.
Talvez por sua característica multifacetada, haja dificuldade em se estabelecer uma marca forte que identifique a cidade. A diversidade marcante de São Paulo é difícil de ser traduzida visualmente em um símbolo, necessário para o reconhecimento imediato de uma São Paulo turística. E embora o município possua centenas de atrativos e milhares de serviços turísticos, percebe-se uma falta de divulgação eficiente destes e de integração entre os sistemas que compõem o turismo, de forma a facilitar o consumo da cidade. O próprio morador desconhece o que São Paulo tem de melhor, uma vez que há pouca circulação da população fora de seu entorno habitual. Além de divulgar os atrativos e serviços ao visitante, é preciso fazer com que o residente conheça a cidade em que vive, a reconheça como sua, como seu patrimônio, pois o maior multiplicador da informação será o próprio morador.
A análise dos desafios permitiu, de forma bastante resumida, desenhar o cenário atual que queremos mudar. Partindo dele e considerando as propostas sugeridas no processo de elaboração do plano, foram estabelecidos macroprogramas, que são, em síntese, o agrupamento das propostas com objetivos primários comuns, que quando realizadas, tendem a modificar essa realidade. Assim, as diversas propostas recebidas dos workshops e encontros com instituições de ensino viraram, após análise prévia de nossa equipe, 136 propostas sistematizadas nesta Consulta Pública, subdivididas nos macroprogramas abaixo:
Conforme explicação contida na apresentação desta consulta, a Política Pública de Turismo na cidade de São Paulo é de atribuição da Secretaria Municipal de Turismo – SMTUR, que possui, dentre as suas funções, o papel de formular e executar a política, a promoção e a exploração do turismo e atividades afins no município. Subordinada à SMTUR encontra-se a São Paulo Turismo – SPTuris, empresa oficial de turismo e eventos do município, que executa as diversas ações públicas do turismo da cidade demandadas pela Secretaria.
Dentre estas ações, as relacionadas à promoção e estruturação do turismo podem ser custeadas por meio do Fundo Municipal do Turismo – FUTUR, que visa captar recursos para aplicação na estruturação do Plano de Turismo Municipal – PLATUM. O FUTUR possui dotação orçamentária própria, além de ser gerido pelo Conselho Municipal de Turismo – COMTUR. O COMTUR, por sua vez, também é um órgão deliberativo, consultivo e de assessoramento do PLATUM, sendo responsável pela união de esforços entre o poder público e a sociedade civil, que possui a função de estabelecer diretrizes, desenvolver programas e soluções, para os obstáculos do desenvolvimento do turismo na cidade.
A SMTUR, a partir de sua criação, em agosto de 2018, deu início a um plano de ações para suprir a falta de política pública de turismo na capital paulista. Projetos estratégicos como a valorização do centro histórico, a criação de uma marca da cidade, e a operação de city tours guiados para o fortalecimento e consolidação do turismo, são exemplos da atuação positiva da Secretaria. Todavia, os esforços realizados pela SMTUR, dependem de uma articulação com demais secretarias e órgãos públicos, para que os impactos positivos sejam permanentes e possam se expandir para toda a cidade com sucesso. Da mesma forma, é necessário criar uma sinergia com a iniciativa privada e trade turístico, assumindo um papel importante de elo com o mercado, para apoio e viabilização de seus projetos.
As políticas públicas voltadas para o turismo devem ser pensadas também para a população da cidade, não restringindo apenas aos turistas. Como política pública, o turismo deve garantir que o beneficiário final das ações seja sempre a população, ainda que ela não seja necessariamente o público-alvo, que pode ser o turista internacional e nacional, por exemplo. A inserção da população no contexto turístico traz diversos benefícios, como a valorização, respeito e preservação do patrimônio e herança cultural, fortalecimento da identidade local, incremento da renda e melhorias na infraestrutura do destino turístico.
Objetivos do Macroprograma:
Ações/ Projetos:
EIXO: Gestão interna/Governo
A evolução da tecnologia e as significativas transformações decorrentes mudaram a forma de como a coleta, monitoramento e análise dos dados são feitos. Hoje, destinos turísticos inteligentes utilizam-se de sistemas de inteligência de mercado, tanto para captação de informações da demanda turística, quanto para análise e melhor aproveitamento da oferta.
Segundo o Documento Referencial da Rede de Inteligência de Mercado no Turismo – RIMT, elaborado pelo Ministério do Turismo, a “inteligência de mercado pode ser definida como a capacidade de cruzar dados e transformá-los em informação e conhecimento. Em outras palavras, é organizar dados que estão difusos e transformá-los em informação e conhecimento úteis para o gestor, fornecendo uma visão consistente para a tomada de decisões” (BRASIL, Ministério do Turismo. RIMT – Rede de Inteligência de Mercado no Turismo - Documento Referencial, 2018, p.2). Neste cenário, entidades como a Organização Mundial do Turismo – OMT, vinculada à Organização das Nações Unidas, e o Ministério do Turismo, contribuem em âmbito global e nacional, respectivamente, com estudos e conhecimento do mercado, além do desenvolvimento de políticas de apoio ao turismo.
Na esfera local, o Observatório de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo desenvolve diversas pesquisas, como análise de perfil de público de grandes eventos, desempenho hoteleiro, movimento nos terminais rodoviários, entre outras. Contudo, apesar da grande importância e relevância dos estudos elaborados, ainda é perceptível a carência de dados analíticos com foco no turismo na cidade. Há a necessidade de elaboração de programas eficientes para captação de dados sobre a atividade turística, de forma a acompanhar o desenvolvimento do mercado, analisar a oferta e as oportunidades ou necessidades de aprimoramento em setores específicos, identificar o perfil do visitante, para aperfeiçoar a experiência na cidade e incentivar a permanência, retorno e/ou interesse no destino, além de reforçar a importância da atividade, proporcionando debate de políticas públicas, bem como projetos privados de incentivo ao turismo.
O uso de novas tecnologias para sistematização e captação de informações também se faz necessário. Os sites de alguns dos principais destinos internacionais são exemplos de modelos a serem adotados pois, além de promoverem as cidades, permitem a compra de passeios, reserva de hotéis e serviços, que podem se tornar dados estatísticos para análises do comportamento do turista. A parceria com provedores de ferramentas de geolocalização, para obtenção de informações de deslocamento dos visitantes, também é uma alternativa de fonte de informação relevante à tomada de decisões estratégicas.
A criação e manutenção de um sistema de gerenciamento do banco de dados da cidade também é de extrema importância. A análise deste tipo de informação permite identificar as regiões de concentração turística no município, a fim de desenvolver as áreas principais e incentivar o turismo em locais de menor visibilidade.
Cabe a análise e discussão dos órgãos e estudos já desenvolvidos atualmente, para identificar os principais problemas e qualidades de cada um e promover a capacitação das equipes, melhorar o desempenho e sistematizar a obtenção e manutenção de informações, bem como criar novos indicadores que sejam relevantes para analisar o mercado de turismo da cidade.
Objetivos do Macroprograma:
Ações/ Projetos:
São Paulo é uma referência na realização de eventos. Em 2018, por exemplo, mais de 2 mil foram cadastrados no calendário do Visite São Paulo - entidade sem fins lucrativos, que busca ampliar o volume de negócios e o mercado de consumo na cidade, por meio da atividade turística, apoiando a melhoria dos serviços e atendimento aos visitantes.
A cidade é um destino reconhecido no segmento de eventos técnicos e científicos. Só em 2018, mais de 300 congressos e convenções foram realizadas, segundo o Visite São Paulo. É igualmente – ou talvez mais reconhecida – quando se trata de eventos de negócios. Em uma análise do calendário de Feiras de 2019 da União Brasileira de Feiras – UBRAFE, observa-se que 54% de todas as feiras realizadas no país acontecem em São Paulo. Excluindo as feiras do agronegócio, esse percentual sobe para 85.De acordo com o ranking da International Congress and Convention Association – ICCA, entidade internacional que administra o principal banco de dados de eventos, em 2018 a capital paulista foi o primeiro lugar no Brasil e terceiro na América Latina em número de eventos (associativos, internacionais e itinerantes) realizados e, na listagem global, ganhou 3 posições se comparada a 2017. Segundo pesquisa realizada pela UBRAFE, em 2013, o mercado de eventos de negócios gera um impacto econômico de R$16,3 bilhões por ano.
São Paulo também atrai a atenção dos produtores de eventos de lazer e espetáculos. Em 2018, por exemplo, importantes nomes da música marcaram presença nos palcos da capital paulista. Roger Waters, Shakira, Noel Gallagher, Thirty Seconds to Mars, Camila Cabello, Phil Collins, Radiohead e Ozzy Osbourne são alguns exemplos de artistas e bandas que se apresentaram na cidade.
Eventos novos, voltados ao mercado do entretenimento e cultura pop também ganharam destaque no calendário, pois aproveitam um nicho em crescimento e acompanham as tendências. Um exemplo é a Comic Con Experience - CCXP, que reúne artistas, criadores de conteúdo e fãs do universo Geek e apresentou grande crescimento desde a primeira edição, realizada em 2014. Em 2018, por exemplo, o público foi 15,42% maior, se comparado à edição anterior, atingindo a marca de aproximadamente 262 mil visitantes, dos quais 50% eram pessoas de fora do estado de São Paulo, segundo os organizadores, colocando-o como o maior festival Geek do mundo em número de participantes.
Eventos já tradicionais da cidade, como a Parada do Orgulho LGBT, que teve a 23ª edição em 2019, são de grande importância, atraindo cerca de 3 milhões de pessoas nas últimas edições. O carnaval de rua também demonstra uma grande força e crescimento de público na capital paulista. Em 2019, por exemplo, 14 milhões de pessoas aproveitaram a folia dos blocos, segundo a Secretaria Municipal de Turismo. Dados do Observatório do Turismo apontam que 30% desse contingente era de fora da cidade.
São Paulo se destaca, também, pelos eventos esportivos, como as corridas de rua, o automobilismo, e também pela qualidade e modernidade de seus estádios, como o Allianz Parque, a Arena Corinthians e o Morumbi, que sediaram importantes eventos como a Copa do Mundo FIFA 2014, as Olimpíadas de 2016 e, em 2019, partidas da Copa América. O Allianz Parque, além da essência esportiva, é a principal arena para shows internacionais da cidade. Só em 2017, por exemplo, o local recebeu 17 megashows, mais do que qualquer outro estádio no mundo, segundo lista elaborada pela agência internacional Pollstar.
Apesar de toda a oferta, o setor de eventos possui uma série de entraves que dificultam, burocratizam, ou inviabilizam sua realização e que precisam ser trabalhados para que a cidade seja mais competitiva e não perca eventos para destinos concorrentes e se consolide como destino referência para qualquer tipo de evento.
Objetivos do Macroprograma:
Ações/ Projetos:
São Paulo é a maior metrópole brasileira e a quinta maior do mundo. São 12,18 milhões de habitantes em uma área de 1.521 km². A diversidade cultural, fruto dos processos migratórios que compuseram São Paulo, conferem à cidade características únicas, que despertam o interesse no turista. A concentração de certos povos em determinadas áreas transforma bairros em regiões turísticas, uma vez que oferece gastronomia, produtos, serviços e até mesmo arquitetura diferenciada. A Liberdade, o Bixiga e o Bom Retiro são bons exemplos.
A oferta turística na capital é superlativa. A cidade dispõe de centenas de parques, museus, teatros e outros atrativos para atender e agradar a todos os tipos de turistas. Diante dessas características, São Paulo é uma das poucas cidades do mundo que se destaca em quase todos os segmentos turísticos, podendo ser explorados: o turismo de negócios, principalmente nas regiões da Paulista, Faria Lima e Berrini; saúde, próximo aos principais hospitais referência e de especialidades da cidade; aventura, nos Polos de Ecoturismos; cultura, principalmente na região Central, mas com museus e centros culturais por toda cidade; lazer, em todas as regiões com ofertas diversas de parques e áreas verdes, teatros, cinemas, shows, etc; gastronomia.
Em algumas regiões, a concentração da oferta de serviços para determinado público cria nichos, como é o caso do turismo LGBT+, que encontra na região do Arouche e da Frei Caneca diversas opções de entretenimento.
Com tantos atrativos e serviços por toda capital, era de se esperar que a oferta de produtos também abrangesse toda cidade, mas curiosamente não é isso que se vê. Há regiões reconhecidamente turísticas e produtos consolidados que são oferecidos por praticamente todas as agências de turismo receptivo, como city tours que passam pelo Centro, Avenida Paulista, Jardins, Liberdade e Parque do Ibirapuera, e podem ser encontrados na prateleira de qualquer agência, com raras exceções. Também existem os Tours de compras, artes, futebol e específico para Fórmula 1, facilmente regionalizáveis.
Mas além dos produtos e regiões tradicionais, a cidade tem potencial para receber turistas em todos os cantos e formatar produtos mais criativos, que extrapolem os eixos do conhecimento e do senso comum. Uma tendência que se apresenta cada vez mais forte é o turismo de experiência.
O turismo de experiência atrela a passagem do turista na cidade, antes meramente visual, a vivências tipicamente locais ou relacionada a hábitos e costumes do morador, que podem ser desde práticas gastronômicas até o aprendizado de alguma atividade, transformando o turista de espectador a ator, aprimorando a experiência no local.
Iniciativas como esta auxiliam na permanência do turista na cidade por mais tempo, ampliando o consumo e estimulando a integração com a cultura local e o respeito mútuo entre morador e visitante, e que devem ser incorporadas nos produtos turísticos da cidade.
Dentro da grande variedade de opções de produtos que a cidade pode oferecer, dois merecem destaque para desenvolvimento prioritário considerando sua importância para a imagem da cidade e sua relação com a história, caso do Centro Histórico – Triangulo SP; ou na geração de emprego e renda em um regiões pouco conhecidas, nos extremos da cidade, com potencial para produtos diferenciados, como esportes de aventura, visita a terra indígena e propriedades rurais – que é o caso dos Polos de Ecoturismo de Parelheiros – Marsilac e Ilha do Bororé ; e da Cantareira.
Triângulo SP
O projeto de turismo “Triângulo SP”, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Turismo e que contempla a área de calçadões entre as ruas Líbero Badaró, Boa Vista e Benjamin Constant, visa aumentar o fluxo de visitantes na região central da cidade, transformando o Centro Histórico em um verdadeiro destino turístico que atrai tanto turistas nacionais e internacionais, quanto os próprios moradores da capital, valorizando e preservando assim esse importante patrimônio histórico e cultural da cidade. A iniciativa prevê melhorias na infraestrutura da região, aumento da segurança e abertura de novos atrativos, entre outras. Dentre os objetivos específicos do projeto, está a intenção de transformar o Centro Histórico em um verdadeiro museu a céu aberto, com passeios culturais, de maneira a possibilitar às pessoas a desfrutarem da história da cidade de São Paulo, além de ativar a região no período noturno e também aos fins de semana.
Polo de Ecoturismo de São Paulo
No extremo sul da cidade de São Paulo está localizado o Polo de Ecoturismo, instituído pela Lei 15.953, de 2014, formado pelos distritos de Parelheiros e Marsillac e pela Ilha de Bororé. A área abrange o território das subprefeituras de Parelheiros e Capela do Socorro, incluindo também uma parte do Parque Estadual da Serra do Mar (patrimônio natural brasileiro), além de duas Áreas de Proteção Ambiental – APAS, denominadas Bororé-Colônia e Capivari-Monos, que juntas ocupam 25% do território municipal. A região é repleta de área verde, atrativos turísticos, cachoeiras, parques, aldeias indígenas, centros ecumênicos, mirantes e um borboletário. Em 2017 foi elaborado o Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Polo, considerando as especificidades da região. Para o PLATUM 2019-2021, a proposta é reforçar a importância de implementar o plano e destacar ações prioritárias.
A capital paulista conta também com o Polo de Ecoturismo da Cantareira, na região norte da cidade e que foi criado pela Lei nº 16.832 de 2018. A região, que ainda precisa ser estruturada como projeto e produto turístico, contempla as áreas de mata atlântica nativa e ultrapassam os limites do Parque Estadual da Cantareira e do Parque Estadual Alberto Löfgren, em suas porções pertencentes ao Município de São Paulo. As subprefeituras de Jaçanã/Tremembé, Casa Verde/Cachoeirinha, Santana/Tucuruvi, Freguesia do Ó/Brasilândia, Pirituba/Jaraguá e Perus integram o Polo de Ecoturismo da Cantareira.
Objetivos do Macroprograma:
Ações/ Projetos:
A jornada do turista é ampla e inicia bem antes da realização da viagem, na fase do planejamento e compra, na pesquisa de destinos, paisagens, atrativos e serviços, na decisão por este ou aquele, visando suprir suas necessidades (que dependem não só da oferta, mas também e, principalmente, de suas características e desejos); continua quando visita os atrativos, aproveita da programação cultural e usufrui de todos os serviços e da infraestrutura básica, de apoio ou turística que a localidade dispõe, esperando encontrar, no mínimo, aquilo que descobriu em suas pesquisas; e finaliza bem depois do término da viagem, quando divulga e compartilha tudo o que viveu. Assim, a experiência presente em toda a jornada do turista precisa ser de qualidade.
Para que a experiência seja positiva, é preciso que o destino – e aqui entende-se por destino o poder público e iniciativa privada – esteja preparado. Independentemente da motivação do turista, há aspectos comuns que devem ser considerados: a receptividade; a hospitalidade; a disponibilidade de informação e capacidade de comunicação, em especial em relação aos idiomas; os atrativos; os serviços públicos tais como transporte e segurança; a zeladoria urbana; os serviços turísticos e a acessibilidade. Todos eles têm forte impacto na experiência, e, quando bem estruturados, posicionam a cidade como um destino turístico competitivo.
No caso de São Paulo, sua dimensão, complexidade, diversidade e quantidade de produtos, atrativos e serviços, cultura multifacetada de seu povo, ou mesmo falta de uma plataforma única que integre o setor turístico, fazem com que o desafio de garantir a excelência na experiência seja muito maior. Para que os projetos e produtos da área funcionem individualmente, é preciso um pensamento transversal das ações e articulação entre todos os envolvidos, uma vez que o turismo permeia praticamente todos os setores.
Ainda assim, a cidade oferece inúmeras possibilidades de experiências memoráveis, já estruturadas e outras em desenvolvimento. A programação cultural é extensa, de qualidade e muitas vezes a preços baixos ou acessíveis; no setor de hospedagem percebe-se a expansão da hotelaria de luxo. Há opções de roteiros inusitados e inovadores, que exploram a capital de forma criativa e que mostram uma cidade humana, calorosa. E há também a gastronomia, que na capital, é uma forte aliada para o encanto dos visitantes.
Objetivos do Macroprograma:
Ações/ Projetos:
A capital paulista é o maior destino turístico do país em volume de turistas. Segundo projeções da FIPE, a cidade recebeu cerca de 15,7 milhões de turistas nacionais e internacionais em 2018. São Paulo é uma metrópole que possui vocação de cidade global de negócios, grandes eventos e pela sua diversidade de oferta cultural, gastronômica, vida noturna, reconhecidas e algumas delas até mesmo premiadas.
Comunicar toda essa oferta é essencial para a manutenção e o crescimento da atividade turística, especialmente em um cenário de forte competitividade com muitas opções de destinos nacionais e internacionais.
São Paulo tem recebido baixíssimos investimentos em promoção, e nos últimos anos, não realizou ações promocionais significativas. Há alguns anos a cidade realizou algumas campanhas exitosas veiculadas em renomados canais de comunicação, como Sony e The History Channel, com o objetivo de promover e atrair novos turistas para a capital. Porém, as ações não foram mantidas nos últimos anos o que prejudica a manutenção dos resultados.
Para a realização de uma promoção eficiente, a recomendação da Organização Mundial do Turismo é que os destinos invistam em marketing e promoção, no mínimo 2% do valor obtido no ingresso de divisas com a atividade turística, sendo que a metade desses investimentos deve ser proveniente do setor privado.
A cidade tem como destaque a diversidade, mas muitas vezes dificuldade na comunicação. Não possuir uma imagem definida dificulta a construção de sua identidade turística. Definir a imagem que represente São Paulo tanto no mercado nacional quanto no internacional é fundamental para consolidar cada vez mais a capital paulista como um destino que atende às necessidades de seus visitantes e moradores, surpreende e estimula novos públicos.
Em 2012 a São Paulo Turismo elaborou a Marca São Paulo – Viva Tudo Isso, que indicava o posicionamento desejado de um destino com variedade, qualidade e quantidade de experiências únicas e surpreendentes. O símbolo utilizado para representar a cidade foi uma explosão de cores, vermelho, verde, azul e amarelo, representando os seguintes pilares da marca respectivamente: experiências – procuramos o inesperado; culturas – respeitamos as diferenças; diversão – vivemos o presente; e grupos – somos comunidades. Apesar de ser utilizada até hoje na comunicação visual da grande parte dos materiais de suporte e informação ao turista como guias, mapas e Centrais de Informação Turística – CITs, a marca não foi amplamente incorporada pelo mercado e pela sociedade, por isso, deve ser revisada.
São Paulo precisa estabelecer um posicionamento com imagens impactantes, de estímulo aos visitantes, e comercialização de produtos diferenciados e ofertados de maneira efetiva, por meio de uma promoção e comunicação eficiente, moderna e criativa, integrando marketing online e off-line. Ademais, se faz necessário destacar a vocação da cidade para o entretenimento, a cultura e outros valores que agreguem valor à sua imagem.
Outro pressuposto básico que deve ser adotado pelo poder público é o estímulo a novos segmentos de turistas, além do público de negócios, e também a ampliação da permanência e o consumo de turistas na cidade, estimulando gastos com cultura, lazer, compras, entre outros.
São Paulo é também uma metrópole conhecida por sua vocação de cidade global de negócios, grandes eventos, e pela sua diversidade no que tange à oferta cultural, gastronômica e vida noturna. O turismo de negócios e eventos representa 75% dos hóspedes em hotéis da cidade. A receita gerada por esses viajantes em despesas como hospedagem e lazer é de R$ 7,3 bilhões por ano12. Diante do potencial deste segmento, o poder público deve adotar medidas que estimulem estes turistas a ampliarem seu tempo de permanência na cidade, de maneira a usufruir da vasta oferta de lazer disponível, movimentando ainda mais a economia da capital paulista.
Objetivos do Macroprograma:
Ações/ Projetos:
Sugiro a criação de um bilhete turístico, em que sejam informados os principais pontos turísticos da cidade. Em Cuzco, no Peru, há este tipo de bilhete para conhecer alguns pontos turísticos de Cuzco e do Vale Sagrado. Acredito que o bilhete incentiva o turista a conhecer os lugares e por outro lado os pontos turísticos da cidade. Obrigada.
Uma informação das feiras de artesanato onde tem feiras de artesanato e dias e horarios,turista sempre quer levar artesanato tipico da cidade e degustar a gastronomia local.
Sugiro que seja ampliada as ciclovias na cidade de São Paulo, principalmente nos distritos se Parelheiros, Marsilac e Grajaú. A bicicleta é parte importante do turismo sustentável e atende aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, portanto nada mais justo criar ciclovias nessa região onde esta localizado o polo de Ecoturismo de São Paulo. É promover o desenvolvimento sustentável nesta região para aproveitamento Melhor da comunidade local e turistas, região remanescente da Mata Atlântica.
1. O Pólo de Ecoturismo de São Paulo possui inúmeros atrativos e um potencial enorme de crescimento no turismo, onde através do Coletivo Bike Zona Sul, já realizamos por um bom tempo passeios (bikezonasul.org/pedal-especial-do-mes) e pudemos explorar (bikezonasul.org/roteiros-de-cicloturismo) de uma maneira conceitual, algo existente em diversas locais no mundo e também em algumas partes do Brasil, por meio de roteiros de cicloturismo, a exemplo do Caminho da Fé, Caminho da Luz, Estrada Real e Caminho Santiago de Compostela e tantos outros. Estamos dispostos a contribuir para que os roteiros se consolidem na região, mas gostaríamos que houvessem muito mais investimentos em suporte, orientação turística, sinalização, criação de roteiros e investimento no cicloturismo, pois acreditamos que a bicicleta é um potencializador que fomenta o turismo local. Sendo assim, mais investimentos e divulgação de roteiros de cicloturismo no extremo sul é muito necessário.
2. Faz-se necessários investimentos em estrutura cicloviária, tendo em vista uma articulação e consultoria com a Secretaria de Mobilidade e Transportes, bem como, a Câmara Temática da Bicicleta para que o Plano Cicloviário de São Paulo invista na implantação de ciclovias que levem ao Pólo de Ecoturismo de São Paulo no extremo sul em vias como Estrada Ecoturística de Parelheiros (antiga Sadamu Inoue), Estrada de Marsilac (até Vila de Marsilac), Estrada do Colônia e Estrada do Barragem. Também é importante a implantação de ciclo-rotas nas estradas vicinais levando ao Pólo como na Estrada de Itaquaquecetuba, Av. Paulo Guilguer Reimberg (Poerinha), Rua Tadao Inoue, Av. Kayo Okamoto, entre outras.
3. Realizar um diálogo com o governo estadual para a reativação do trecho de linha férrea desativada entre Varginha e Evangelista de Souza para fins turísticos, totalmente integrada com o cicloturismo, onde a região da Vila de Evangelista poderia se tornar um grande pólo de interesse, similar a Paranapiacaba. O local possui um valor histórico muito grande, no entanto, é pouco visitado devido à dificuldade de acesso. Atualmente apenas a bicicleta como turismo consegue atender pessoas que gostariam de conhecer a região, no entanto, ela carece bastante de investimentos e restauração de seus valores históricos, pois nela existem casas antigas em estado de abandono, que poderiam fomentar restaurantes, comércios e cultura.
Sugiro a inclusão de melhoria "urgente" na segurança, limpeza e melhorias no entorno dos estabelecimentos de eventos, tais como Mercado Municipal, Museu Cata-vento, Sala São Paulo, aos quais, inclusive para o público local, o acesso é complicadíssimo, que dirá para turistas. O parque Dom Pedro é lindo e precisa de um carinho com urgência!!! A Sala São Paulo dispensa comentários de tão importante e bela que é, para todos nós!
Precisamos incluir as represas, principalmente a Guarapiranga como atrativo turístico, criando tours de barco e/ou mesmo transporte público aquático, até como forma de facilitar o acesso ao Polo de Ecoturismo. Melhorar os projetos dos parques existentes na orla da represa, em especial os do lado da Subprefeitura de Capela do Socorro, munindo os de infra-estrutura de serviços (restaurantes, lanchonetes, banheiros (diferenciados e não padrão prefeitura), área para banhos na represa ( apoiados por infra-estrutura de segurança e local para troca de roupa); equipamentos de entretenimento não motorizados como pedalinhos, ciclovias internas, etc.
Sensibilizar os funcionários de SVMA, principalmente os da Coordenadoria de Biodiversidade e Arborização Urbana para a importância da infra-estrutura de serviços ( restaurantes, lanchonetes, banheiros convidativos, áreas de convívio e descanso, playgrounds para diversas faixas etárias com lugares para a permanência dos responsáveis, etc) para a maior permanência dos munícipes e turistas nos parques.
São Paulo é uma cidade cheia de encantos, porém poucos são explorados, alguns pela falta de infra estrutura, outros pela falta de investimento financeiro ou de divulgação, como o 2º maior parque da cidade, o Parque do Carmo. Além disso é também a cidade da diversidade cultural, pensando nisso e num acolhimento para seus visitantes, poderia ser elaborado portais culturais desejando "Bem vindo", acolhendo os visitantes, este portais poderiam ser inclusive pontos turísticos. Ter um acolhimento na entrada da cidade faz diferença para quem chega a primeira vez.
Hoje temos diversos segmentos em ascendência em nossa região como os eventos Geek por exemplo que podem aquecer nossa economia, além de eventos gastronômicos com pratos típicos das novas etnias de imigrantes que estão vindo para São Paulo, o país passa por uma enorme crise e o empreendedorismo criativo se faz necessário em nossa cidade nesse momento tão ruim da economia, a nova obra no vale do Anhangabaú talvez se torne um espaço turístico bom para o centro e ali é o local ideal para mini eventos de seg a dom na região central.
A transformação de parte do Elevado em um parque, ao estilo "hight line" de Nova York, iria trazer um grande atrativo turístico para o Centro, além da valorização do entorno. São Paulo precisa pensar um pouco mais nos cidadãos, e menos nos carros. Já existe um estudo de impacto no trânsito, que é ínfimo, além de todo um planejamento de transporte público que, ao contrário do que diz o senso comum sem informação, vai melhorar o fluxo. Penso nos benefícios intrínsecos, como gastronomia, cultura, esportes, e tantos outros para uma região que quase não tem lugares públicos de lazer.
Sugestões: - implantação de um cartão de transporte específico para os turistas; - implantação de cartão para visitação de vários museus a um preço acessível; - criação de um mapa de transportes integrados, com a localização dos principais pontos turísticos de São Paulo: parques, museus, casas de shows, estádios e outros pontos de interesse dos turistas - disponível para impressão pela internet. Eu desconheço a existência de tais facilitadores em São Paulo.
_ divulgar as grandes obras de importância existentes em exposições permanentes, em museus específicos: Museu Ayrton Senna, Masp, Museu do Futebol, Pinacoteca, CCBB, etc.
Minha sugestão. Primeiro limpeza da Cidade o Centro de São Paulo, rico em Arquitetura e outros atrativos .Também valorizar outros pontos da cidade leste,oeste, sul e Norte. Além da Segurança,mais informações de como se locomover. A Organização é importante do evento. É o acolhimento é muito importante. E promover também eventos em outras regiões da Cidade .
INTERAÇÃO https://scontent.fcgh7-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/66795470_1719169321560566_2225648122892124160_n.jpg?_nc_cat=101&_nc_oc=AQmEi5i81YzdEVZ3vKsUnR_06ixu6hKC7pfGbYlO0bPk2V4Ksy5LIlXP0TUPs5JAyus&_nc_ht=scontent.fcgh7-1.fna&oh=2bfdcb108df123c9ec50380398c60323&oe=5DEE4AE2 MOBILIDADE CULTURAL SUDESTE https://scontent.fcgh7-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/50914583_1992923490814626_5540207018100391936_o.jpg?_nc_cat=103&_nc_oc=AQnJT57tipURtxYux8uPBmDb-GNhR4fxS4Myzx_g7KCGOV_rQQpqHhU-7cJVhEy5YVQ&_nc_ht=scontent.fcgh7-1.fna&oh=d2e80bff3369023102558ad94751e358&oe=5DA74CAB Proposta defendida no Plano Diretor Estratégico de São Paulo - CMSP, Planos Regionais da Subprefeitura de Vila Mariana, e Planos de Bairros em 2002/2003 - Texto original: " A integração entre as Subprefeituras nos Planos Regionais são princípios de planejamento metropolitano, que devem ser seguidos por qualificarem projetos que possibilitam a sobrevivência urbana na cidade de São Paulo. Inclui relações Macro-Regionais de sustentabilidade do turismo comercial aliado ao disciplinado sistema viário e de transporte público, que possa realmente ser valorizado pelo conforto e racionalidade nos transbordos e tempos de viagem, que identifique trajetos complementados pela geometria circular turística entre os atrativos culturais, parques históricos, museus, hoje isolados para correto uso. A importante permanência dos visitantes na cidade, postulações às Olimpíadas, ou permanência da Fórmula-1 em São Paulo, são avaliações imprescindíveis de serem consideradas no Plano Diretor Estratégico e Operações Urbanas que tragam benefícios a todo cidadão paulistano. O projeto apresentado ao PDE e PRE, composto por cinco trajetos circulares de integração radial com Metrô-CPTM-EMTU, com extremidades consolidadas de potencial turístico, cultural e lazer: ANELTUR CENTRAL, ANELTUR NOROESTE, NORDESTE, SUDOESTE, e SUDESTE que apresento um primeiro estudo – Operação Urbana AnelTur São Paulo. Eduardo Merheje – 03-12-2003 – A Câmara Municipal de São Paulo – Comissão Permanente de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente. ANELTUR SÃO PAULO https://youtu.be/q1axXX8GJ-Y
Gostaria de pedir policiais para a avenida paulista. Minha filha teve o celular roubado saindo do shopping Top Center sentido metro Trianon Masp no dia 18 de julho de 2019 as 17h e 30 min. na capital paulista.
Considero importante o investir no planejamento das ciclovias, seu trajeto e segurança, que sejam interligadas e principalmente, atendam as grandes avenidas como a Indianópolis e Ibirapuera, por exemplo. Tem muito trabalhador e estudante se arriscando de bike nessas avenidas em meio aos carros. Outra medida importante é a educação para o transito desses ciclistas: uso do equipamento de segurança, em qual faixa podem pedalar quando não há ciclovia, a proibição da circulação em vias de velocidade acima de 40 km/h, etc.
Promover parcerias com os principais atrativos turísticos para qualificação e requalificação (reciclagem) dos guias de turismo que atuam na cidade
Valorizar a atuação de agências e guias de turismo credenciados e implementar fiscalização para coibir a atuação de falsos guias e instituições que atuam como agência sem assim se-las
Reestruturar e aumentar áreas específicas para liberação de embarque e desembarque com utilização de Vans, micro ônibus e ônibus.
Formar parcerias e valorização de agências e empresas turísticas de pequeno porte, incentivando suas ações e crescimento.
Poderia inserir conteúdo de história de São Paulo no ensino fundamental II e ensino médio. Poderiam também ter nos cursos de graduação em História, uma matéria só sobre História de São Paulo e um curso de pós graduação em História de São Paulo.
Os ônibus de turismo não devem ser proibidos de transitar na Av. Paulista. Em roteiros panorâmicos, passando de ônibus pela avenida, os turistas podem contemplá-la. A proibição também atrapalha o embarque e desembarque de grupos em hotéis e museus. Deve haver fiscalização de guias piratas. Somente guias com Cadastur podem atuar. Coletivos, arquitetos, historiadores... não são guias de turismo por isso não devem realizar roteiros turísticos pela cidade. A não ser que organizem o passeio, mas contratem guias de turismo para acompanhá-los. Deve haver fiscalização e campanhas de informação ao turista para eles não comprarem de piratas. Consumo consciente.
Só espero que os City Tour Oficial seja guiado por guias de turismo profissionais com Cadastur. E o apoio a walking tours, bikes tours e similares seja feito apenas para empresas e iniciativas que possuem guias de turismo com Cadastur. Vocês devem valorizar os profissionais do turismo e não os oportunistas que querem dinheiro do turismo mas não querem estudar e se capacitar. A própria Central de Informações turísticas deveria ter guias de turismo para orientar o público. Ninguém melhor que os guias conhecem a cidade. Turismólogo sai da faculdade sem saber nada sobre SP. Sei disso pois sou Bacharel em Turismo e Guia de Turismo. A faculdade não ensina nada sobre a cidade. Somente o curso de Guia fala sobre o assunto.
A prefeitura poderia disponibilizar um site de turismo da cidade com uma parte dedicada aos guias profissionais que atuam como autônomos em roteiros. Lá teria uma foto do guia, um mini currículo e o contato (e-mail, site, telefone celular), número de cadastro no Cadastur. Seria ótimo para divulgação do nosso trabalho. Muitos turistas não sabem onde encontrar um guia profissional. A cidade é muito grande e eles necessitam dos nossos serviços para otimizarem a experiência na cidade.
A CET precisa colocar farol de pedestres. Em muitos lugares não tem fase para o pedestre. E a prefeitura e os donos dos imóveis precisam melhorar as calçadas.
A prefeitura deveria ajudar na divulgação do trabalho dos guias de turismo profissionais. Ao invés de capacitar GCM que são responsáveis pela segurança. Os guias são responsáveis por informações turísticas.
É importante criar mais pontos de apoio ao turista (igual ao existente no Parque Mário Covas, na Av.Paulista), incentivar o turismo no Pólo de Ecoturismo de Parelheiros (incentivando a sustentabilidade de negócios locais, educação ambiental e trilhas a pé e de bicicleta - assim como conectar a região com faixas de ônibus, rede cicloviária e ampliação de calçadas) e melhorar o transporte coletivo (com mais faixas e corredores de ônibus, mais painéis de informação) para que os turistas não dependam exclusivamente de carros/táxis/uber.
A bicicleta poderia ser um meio de transporte para o Turista. O plano Cicloviario também é importante para o turista conhecer a cidade de forma segura. O turista seria atraído por uma Cidade sustentável e com facilidade de locomoção, usando a bicicleta em sua passagem pela cidade.
Estimular o cicloturismo como eixo importante do turismo na cidade, principalmente na área do pólo de ecoturismo de SP onde se encontram já diversos circuitos para essa prática e muitos pontos de interesse. É importante viabilizar os acessos seguros à região para que seja possível cada vez mais fortalecer essa modalidade de turismo que já é muito comum em diversos países.
No item 2.2 - Desafios para o Turismo, destaco o trecho que diz: "Ao mesmo tempo em que se repensa nas questões do espaço, é preciso integrá-lo às questões turísticas, qualificando e capacitando quem lida com o visitante, seja para o bem atender, seja no atendimento à pessoa com deficiência, seja na capacitação em outros idiomas, dos quais o inglês se faz necessário e imprescindível quando se pensa numa cidade receptiva ao turista." É de suma importância capacitar quem lida com o visitante brasileiro, principalmente os guias, em Libras - Língua Brasileira de Sinais, indispensável no atendimento aos turistas com deficiência auditiva, que hoje se encontram excluídos da maioria das atividades turísticas ofertadas no País.
Com relação ao transporte privado de turistas com deficiência ou mobilidade reduzida, notadamente os cadeirantes, seja com ônibus ou vans de turismo, em serviços como traslados e city tours, entre outros, as empresas prestadoras deste tipo de serviço devem oferecer veículos acessíveis, em cumprimento à Lei 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão, principalmente ao Art. 49. "As empresas de transporte de fretamento e de turismo, na renovação de suas frotas, são obrigadas ao cumprimento do disposto nos arts. 46 e 48 desta Lei." Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso. Art. 48. Os veículos de transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, as instalações, as estações, os portos e os terminais em operação no País devem ser acessíveis, de forma a garantir o seu uso por todas as pessoas.
Programa Cicloviário para estimular a utilização da bicicleta como prática competitiva, meio de transporte, atividade física, de lazer, de entretenimento e de turismo. para a melhoria da qualidade de vida da população paulistana.
Manter a participação da SMTUR em conselhos de turismo e áreas correlatas e ampliar a participação de SMTUR em discussões ligadas à acessibilidade. Inserir SMTUR na CPA de modo a fomentar que SMTUR possa ser responsável por fomentar a acessibilidade no turismo paulistano.
Elaborar, com a SMPED, projeto para acessibilização de pontos turísticos com cronograma e definição de pontos prioritários.”
Ampliar os indicadores monitorados pelo Observatório do Turismo, incluindo dados do setor de eventos e atrativos e integrá-los ao ObservaSampa. Incluir o recorte de indicadores relativos à acessibilidade e ao turismo da pessoa com deficiência.
1. Realizar, coordenar e/ou dar suporte aos eventos públicos municipais garantindo que todo evento público municipal conte com acessibilidade arquitetônica e recursos mínimos para acessibilidade comunicacional sempre que possível.” “8. Formular Guia Municipal de Realização de Eventos, com todas as normas e informações de procedimento de diversos órgãos para obtenção de todas as licenças e autorizações para realização de eventos na cidade e incluir neste Guia o Guia para Acessibilidade em Eventos formulado pela SMPED.”
Envolver grandes redes hoteleiras e parceiros de hospedagem (Booking.com, Airbnb) na discussão sobre interesse de atuação no território do Centro Histórico de São Paulo, envolver a Secretaria de Urbanismo no debate sobre imóveis desocupados no Triângulo Histórico, para ampliar oportunidades de uso, moradia e ocupação noturna por empreendedores criativos. Envolver movimentos de moradia popular para ajudar a implementar soluções de locação social, em conjunto com campanhas de valorização dos ativos locais e do patrimônio histórico, de reconhecimento do território. Ativar feiras permanentes de gastronomia e comércio local que privilegiem os talentos locais, músicos e artistas de rua.
Importante a sinalização turística mais intuitiva, especialmente no centro, talvez com a criação de aplicativo para direcionar locais de interesse. / Também é necessário em toda a cidade e perto dos atrativos cuidar com a zeladoria (limpeza, asfalto, buraco, moradores de rua etc.), que deve ser tratado em conjunto com as demais secretarias envolvidas. / Prefeitura deve cumprir com a promessa de ampliar a rede cicloviária, a fim de estimular mais pessoas a andarem de bicicleta como forma de descobrir a cidade, para turismo, esporte, lazer e principalmente como meio de transporte alternativo. O centro tem muito potencial para isso, mas o descaso com a zeladoria afasta muitas pessoas para ir à noite, por exemplo, ou gente que tem medo de circular no centro da cidade. Os prédios da Prefeitura e atrativos turísticos devem ter bicicletários ou paraciclos para ciclistas estacionarem com segurança. Isso pode ser feito com parcerias entre empresas, estimular e promover museus públicos, lugares privados a instalarem tais estruturas como forma de atrair esse público. / Também é essencial negociar com a Polícia Militar e GCM que garantam segurança nos principais locais turísticos para mulheres, e preocupação com a acessibilidade de calçadas e acessos para PCDs. Grata.